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Festival “Mulheres Encenadoras em rede

Festival “Mulheres Encenadoras em rede

Festival “Mulheres Encenadoras em rede” está de volta a BH

Criado com o objetivo de dar protagonismo às mulheres no campo da encenação e questionar sua invisibilidade ao longo da história das artes cênicas brasileiras, o festival traz, em sua segunda edição, uma programação diversificada e gratuita, composta por espetáculos nacionais e locais, residência artística, oficinas e rodas de conversa, que ocupam cinco espaços da capital mineira.

A encenadora e atriz mineira premiada, Grace Passô, grande nome da cena teatral no país, abre o festival para o público, no dia 01.06, sábado, com bate-papo sobre a sua trajetória, e ministra residência artística voltada para diretoras mulheres.

Grace Passô – Credito Luciana Barreto

No dia 01.06, sábado, começa o Festival Mulheres Encenadoras em Rede. Criado, em 2021, pelo Coletivo Mulheres Encenadoras (rede de pesquisa, criação e compartilhamento de trabalhos de mulheres artistas de Belo Horizonte), o evento surge com o propósito de dialogar, fomentar e fortalecer a produção de diretoras, artistas da cena, técnicas, pensadoras e pesquisadoras, de todo o Brasil. 

Nesta edição, ampliada para o formato de festival, o público tem acesso a quatro espetáculos, residência artística com a atriz e encenadora Grace Passô, rodas de conversa, duas oficinas – sendo uma voltada para encenadoras mães  -, e atividades para crianças também no sentido de possibilitar rede de apoio às participantes.

A programação é gratuita, acontece na Casa de Candongas (Cachoeirinha), no Galpão Cine Horto (Horto), no Espaço Aberto Pierrot Lunar, na ZAP 18 (Nova Serrano), e no Centro Cultural Venda Nova. Informações sobre a programação e inscrições no Instagram: @mulheresencenadoras. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte

Abertura

Realizada em 2021, a primeira edição do festival foi formatada dentro das exigências dos protocolos da Covid-19, e os encontros aconteceram virtualmente. Agora em 2024, a agenda é toda presencial. A abertura oficial do festival para o público é no dia 01.06, sábado, no Espaço Casa de Candongas (Cachoeirinha) com bate-papo descontraído e performativo, ao estilo “Roda Viva”, entre as artistas do Coletivo Mulheres Encenadoras (Raquel Castro, Gláucia Vandeveld, Júlia Camargos, Camila Morena e Cláudia Henrique), e a atriz, diretora, dramaturga e roteirista Grace Passô. Serão abordados assuntos como a trajetória da artista, suas produções no teatro e no cinema com foco na direção, além reflexões sobre a potência e os desafios da criação artística, nos dias atuais.

Durante a programação, estão previstas também outras rodas de conversa com a presença do público: uma delas é “Diálogos sobre encenação: os caminhos dos processos criativos”, que acontece no dia 13/06, quinta, com as convidadas Maria Clara Ferrer, Márcia Regina e o convidado Eli Nunes, sob mediação de Júlia Camargos. “Esse é um encontro para quem tem vontade de começar a dirigir ou tem curiosidade de saber como acontece a condução dos processos de criação teatral dentro de uma sala de ensaio”, comenta Raquel Castro. Já no dia 16/06, no domingo, Amora Tito, sob mediação de Michelle Sá propõe o bate-papo “Conversa de Boteco: Vida e Teatro, realidades e imaginários”. “Aqui o público assiste a uma conversa mais ampla e descontraída, regada a cachaça e torresmo, no quintal da Zap 18, e que vai para além do teatro, discutindo como as potências de vida aparecem em cena e são materiais para a criação”, explica.

Ações formativas

De 30.05 a 02.06, quinta a domingo, Grace Passô conduz residência artística voltada para diretoras mulheres. Nos dias 10, 17 e 18 de agosto, as artistas do Coletivo Mulheres Encenadoras, Kelly Crifer e Raquel Castro, ministram a oficina: “Incubadora de Projetos para Mães Diretoras – 2a edição”, que fomenta o desenvolvimento de novos projetos e levanta discussões sobre princípios e práticas da direção teatral a partir da troca de experiências entre as participantes. Mulheres encenadoras, sobretudo as que são mães, podem participar da “Incubadora”, enquanto, paralelamente, será ministrada uma oficina de teatro para a criançada. Ao final, haverá uma mostra aberta ao público do trabalho desenvolvido ao longo da oficina.

Mostra de Espetáculos

A “Mostra de Espetáculos” abre com “Isto também passará, antes que eu morra” (DF), com sessões nos dias 12 e 13/06, quarta e quinta-feira, no Galpão Cine Horto. Trabalho da Cia. víÇeras (Brasília) transita pelo teatro, o cinema documentário e a dança, apresentando histórias de quatro mulheres que se encontram e se misturam. A peça é toda construída a partir de vivências das atrizes e de suas mães, projetadas em um varal de roupas.

Já no dia 14/06, sexta, a partir das 20h, o Espaço Aberto Pierrot Lunar recebe “Por Visões” (MG). Tomando Cassandra como metáfora, o espetáculo explora o formato e a dinâmica de enunciação de uma palestra. Apoiando-se na capacidade de elaboração e demonstração do pensamento pela fala e conduzindo os participantes a pensarem ao vivo, as atrizes/palestrantes tratam do valor da palavra, nos dias atuais.

No dia 15/06, sábado, às 20h, na ZAP 18, será apresentado “Memorada” (MG). No espetáculo, dentre os muitos fios de tempo que se entrelaçam para tecer histórias sobre esse chão, uma voz profetiza a febre da Terra que despertará memórias enterradas vivas, até então apagadas e abafadas. Ainda na Zap 18, no dia 16/06, às 19h, tem o espetáculo “ABismo” (MG) da Cia Breve. Com dramaturgia e interpretação de Amora Tito, artista trans não binarie negra, traz ao público a vivência e o protagonismo de personagens que, comumente, são silenciados e reduzidos a estatísticas de violência. Inspirado em “Escrevivências” de Conceição Evaristo, pensamentos de Leda Maria Martins e também elementos da cultura Ballroom, a narrativa constrói possibilidades de amores e realidades permeadas por memórias, sonhos e aspirações de vida.

FAbismo Breve Cia_- crédito_Lirio Santos e Silva

Para a seleção das peças foram considerados os seguintes critérios: produções teatrais que tenham a presença em sua maioria de mulheres; espetáculos que proponham reflexões urgentes para a sociedade brasileira e que contemplem pautas como diversidade de gênero, negritude, sexualidade, meio ambiente, saúde e questões sócio políticas; pesquisas e debates que mobilizam saberes que não operam na lógica colonial ou que confrontam a lógica ocidentalizada de operar. Júlia Camargos, uma das curadoras desta edição, comenta: “Um dos grandes desafios foi encontrar diretoras no interior do estado de Minas Gerais. É preciso mais e mais iniciativas como o Mulheres Encenadoras para fomentar a atuação de mulheres diretoras para além do eixo central, para que a gente consiga deslocar os olhares e gerar transformação”, afirma.

PROGRAMAÇÃO – 2º FESTIVAL MULHERES ENCENADORAS EM REDE

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
30 de maio a 02 de junho, quinta a domingo
“Residência Artística com Grace Passô – Partilha de Pensamentos sobre o teatro de hoje”
10h às 13h
Local: Casa de Candongas – Av. Cachoeirinha, 2221 – Santa Cruz, Belo Horizonte
Total de vagas: 25 vagas

Inscrições gratuitas até o dia 23/05 com resultado no dia 27/05 divulgado no instagram @mulheresencenadoras.

OFICINAS

10, 17 e 18 de agosto, sábados e domingo, 9h às 13h
“Incubadora de Projetos de encenação para mães diretoras”

Coordenada pelas diretoras Raquel Castro e Kelly Crifer, a oficina possibilita a participação de diretoras e artistas interessadas na condução de processos criativos, principalmente mães, em uma ação de pesquisa e compartilhamento de ideias e conceitos de encenação. A partir dos projetos apresentados pelas participantes na oficina, serão realizados experimentos de cena e mini palestras performativas.
Local: Centro Cultural Venda Nova | Total de vagas: 25 | Inscrições gratuitas até o dia 26/05 com resultado no dia 28/05 divulgado no instagram @mulheresencenadoras.

“Infâncias: teatralidades no quintal”
Com o objetivo de facilitar a participação de mulheres mães no festival e possibilitar a integração das crianças nas ações do evento, o eixo “Infâncias: teatralidades no quintal” propõe a realização de uma oficina de teatro para as infâncias, com três encontros simultâneos aos encontros da oficina “Incubadora de Projetos para Mães Diretoras – 2ª edição”; além da presença de brincantes em todas as ações do eixo Diálogos Transversais (entrevista e rodas de conversa) buscando valorizar a cultura do brincar.

RODAS DE CONVERSA
01 de junho, sábado – Abertura
“Mulheres Encenadoras entrevistam Grace Passô”

Um bate-papo descontraído e performativo ao estilo “Roda Viva” entre as artistas do Coletivo Mulheres Encenadoras e a atriz, diretora, dramaturga e roteirista Grace Passô. Serão abordados assuntos como a trajetória da artista, suas produções no teatro e no cinema com foco na direção, além reflexões sobre a potência e os desafios da criação artística nos dias atuais.
Local: Casa de Candongas –  Av. Cachoeirinha, 2221 – Santa Cruz, Belo Horizonte
Horário: 16h
Entrada Gratuita mediante lotação do espaço.

13 de junho, quinta
“Diálogos sobre encenação: mulheres na condução de processos criativos”
Convidadas: Maria Clara Ferrer, Márcia Regina, Eli Nunes
Mediação: Júlia Camargos
Horário: 17h
Local: Gruta! – R. Pitangui, 3613c – Horto

16 de junho, domingo
Conversa de Boteco: Vida e Teatro, realidades e imaginários.
Convidada: Amora Tito br************@gm***.com
Mediação: Michelle Sá
Horário: 17h
Local: Zap 18 – R. João Donada, 18 – Santa Terezinha

MOSTRA DE ESPETÁCULOS

12/06 e 13/06, quarta e quinta-feira – 19h30 – Galpão Cine Horto

ISTO TAMBÉM PASSARÁ, ANTES QUE EU MORRA (BRASÍLIA)
*Após o espetáculo será exibido mini DOC do processo com duração de vinte minutos
“Isto também passará, antes que eu morra” traz à cena quatro mulheres, seus conflitos, memórias, e a pluralidade do feminino que se remonta na troca com os espaços habitados pelo espetáculo e pela projeção de outras mulheres. Com dramaturgia expandida de linguagem contemporânea, o trabalho rompe as fronteiras entre o teatro, o cinema e a dança, apresentando histórias distintas que se encontram, se misturam e se refratam. Cria-se uma experiência única, um documentário de memórias e afetos do universo feminino construído a partir das vivências mais íntimas das atrizes em relação às suas mães projetadas em um varal de roupas. 90min | classificação indicativa 16 anos

Classificação Indicativa: 16 anos

14/06, sexta feira, às 20h – Espaço Aberto Pierrot Lunar
ESPETÁCULO POR VISÕES (MG)

Tomando Cassandra como metáfora, o espetáculo explora o formato e a dinâmica de enunciação de uma palestra composta de três experimentos. Apoiando-se na capacidade de elaboração e demonstração do pensamento pela fala e conduzindo os participantes a pensarem ao vivo, as atrizes/palestrantes tratam do valor da palavra nos dias atuais, da possibilidade de se dar crédito e/ou de se questionar o significado de confiar, discutindo as existências ameaçadas do amor; das diferenças; dos silêncios e pausas; da sensibilidade; do viver como terceira via entre matar e morrer, e a onipresença da guerra. Tecendo canto e fala, tramando movimento e projeção de imagens, a performance traz à tona a materialidade das palavras e desafia a relação presente com o espectador.

Duração: 55 minutos. Classificação: 14 anos. *com intérprete de libras

15/06, sábado, às 20h – ZAP 18
ESPETÁCULO MEMORADA (MG)
Dentre os muitos fios de tempo que se entrelaçam para tecer histórias sobre esse chão, uma voz profetiza a febre da Terra que despertará memórias enterradas vivas. Até então apagadas, escondidas e abafadas, essas memórias ressurgem para conviver com as pessoas viventes do agora. Como de praxe, as forças contrárias tentam acuar e sufocar tudo aquilo que evoca outras dimensões de quem nós fomos, somos e seremos. *com intérprete de libras

16/06 , domingo, às 19h  – ZAP 18

ESPETÁCULO ABISMO (MG)
Encontro em uma encruzilhada todas que EU sou, todas que EU fui, todas que EU serei. Quem sou EU agora? *com intérprete de libras

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